Imagine que você passou meses trabalhando uma vaga, entrevistou centenas de candidatos, fez uma análise criteriosa para escolher o perfil mais aderente aos requisitos e especificações da posição e, finalmente, selecionou o candidato ideal. Mas aí, passam-se os meses e seu escolhido procura o RH para informar que está de saída da empresa. E agora?
Só quem já passou pela árdua tarefa de fazer recrutamento e seleção sabe o quão difícil é lidar com o turnover. Métrica de extrema importância para uma empresa, ela representa muito mais do que apenas a rotatividade dos funcionários.
Hoje, vamos abordar alguns aspectos do impacto do turnover dentro de uma organização e como é possível criar meios para reter talentos, garantindo que os colaboradores se sintam realizados e satisfeitos em fazer parte do time.
Para começar, o que é turnover?
Sei que já falamos sobre isso aqui no blog, mas para que você entenda melhor o contexto de tudo o que traremos a seguir, vamos dar uma breve resumida novamente sobre a definição desse termo.
Basicamente, turnover é o índice que informa como está a rotatividade de funcionários dentro de uma empresa. Ele compara, dentro de um período específico, qual é o volume de contratações e desligamentos feitos, gerando uma excelente base de análise para o departamento de recursos humanos entender e trabalhar possíveis gaps no processo de seleção.
Existem alguns tipos de turnover. Os mais comuns estão ligados à:
- Dispensa voluntária: quando o próprio funcionário pede demissão, seja porque recebeu uma proposta melhor, está descontente com as políticas internas ou com seu cargo atual, ou por problemas com o gestor imediato, entre outros fatores.
- Dispensa involuntária: quando parte do empregador o ato de desligar o colaborador.
No post “Turnover: tudo o que você precisa saber sobre rotatividade nas empresas“, você encontra, em detalhes, todos os tipos de turnover e o que motiva cada um deles. Vale a pena a leitura para se aprofundar ainda mais no assunto.
Mas voltando ao nosso tema. Quando se tem um índice de rotatividade muito alto, deve-se acender o sinal de alerta. Isso porque, quanto maiores forem os números, mais custos a empresa terá, incluindo aqui, também, o impacto negativo que isso gera na qualidade e satisfação dos colaboradores e o prejuízo aos planos e projetos da organização.
Como o turnover pode afetar a receita da empresa?
Para entender de forma clara como a alta rotatividade de funcionários pode gerar mais custos, é importante saber calcular a taxa de turnover. Por isso, abaixo, te mostro como fazer essa conta de forma simples e muito prática. Vamos lá?
Primeiro, você precisa ter os dados de todas as entradas e saídas de funcionários da empresa. A partir disso, some os valores e divida por 2. Em seguida, use o valor do resultado e o divida pelo número atual de colaboradores. Pronto! Você chegou ao seu índice.
Vale lembrar que não existe um valor padrão para que você se baseie e veja se suas taxas de turnover estão altas ou não. Tudo vai depender do perfil da sua empresa, do tipo de negócio e de como o colaborador é enxergado pela companhia.
Em cima disso tudo é que o RH pode entender se está com um índice de rotatividade aceitável ou se precisa promover meios para que os desligamentos – e as consequentes reposições de funcionários – não sejam um gargalo para as finanças da empresa.
Quando falamos de receita, estamos nos referindo a tudo o que pode gerar custo e impactar nos lucros. Veja alguns exemplos:
- Custo de contratação: no Brasil, por exemplo, é inegável que a contratação de um novo funcionário no regime CLT demanda um alto investimento por parte da empresa – principalmente no que se refere a impostos. Logo, ter colaboradores saindo e entrando pode não ser uma boa ideia para quem procura manter uma receita saudável.
- Custo de treinamento: outra questão muito relevante a ser levada em conta é o processo de treinamento e capacitação dos empregados, que também demanda recursos materiais e de pessoal. Ter de arcar com isso repetidas vezes também influencia negativamente nos lucros.
- Custo estratégico: também é importante observar que, dependendo do cargo ou da influência que determinado colaborador tinha dentro da empresa antes de deixá-la, o impacto em projetos e planos estratégicos pode ser grande. Afinal, levará um tempo até que o time de recrutamento possa encontrar um substituto à altura e que essa pessoa esteja 100% capacitada para dar continuidade ao trabalho que estava em execução.
Certo, mas como posso garantir que o funcionário fique na empresa?
A primeira dica que podemos te dar para diminuir a rotatividade de colaboradores é, sem dúvidas, analisar os principais motivos das últimas demissões. Para isso, você pode fazer uma entrevista de desligamento para entender o que motivou o funcionário a chegar até ali.
Com ela, o time poderá extrair insights valiosos sobre onde é possível melhorar, quais os pontos sensíveis a serem trabalhados nos próximos processos e como melhorar a satisfação dos atuais funcionários para que eles também não sejam seduzidos por ofertas externas e acabem deixando a companhia.
Por falar em retenção, gostaríamos de destacar que o mercado de trabalho está cada vez mais aquecido. Então, reter talentos significa muito mais do que manter as mesmas pessoas trabalhando no time. Ter uma equipe capacitada e competente é benéfico tanto pelo lado financeiro quanto pelo lado intelectual. Bons profissionais entregam melhores projetos, o que promove mais rentabilidade financeira. E claro, uma equipe de alta performance é mais apta para atuar não só no próprio ramo, mas também em demandas relacionadas, que podem, a médio e longo prazo, trazer novas oportunidades de negócio para a empresa.
E é aí que entra nossa segunda dica. Busque oferecer cursos, treinamentos e especializações de alto nível para seus colaboradores. Hoje, a maioria dos candidatos leva muito em conta a questão do incentivo ao desenvolvimento de carreira, o que pode ser um fator determinante para uma possível redução de turnover. Complementar isso com outros benefícios e um ambiente saudável de trabalho também é importante para reter talentos.
Por último, invista numa boa plataforma de recrutamento e seleção. Ter eficiência, agilidade e uma boa análise de dados durante o processo seletivo é o passo inicial para o sucesso de uma contratação. No TAQE, por exemplo, você tem uma estrutura completa que pode aumentar em até 400% a eficiência do seu processo de recrutamento. Se quiser testar a ferramenta, é possível solicitar uma demonstração gratuita clicando aqui .